domingo, 19 de junho de 2011

PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM DO SISTEMA DRYWALL.

Procedimento de montagem das Paredes:

1. Marcação e fixação das guias: Marcar no piso e no teto a localização das guias e os pontos de referência dos vãos de portas e dos locais de fixação de cargas pesadas, previamente definidos em projeto. Observar um espaçamento entre as guias na junção das paredes em “L” ou “T” para colocação das chapas de gesso acartonado. As guias devem ser fixadas no piso e no teto no máximo a cada 60 cm, com parafuso e bucha ou pino de aço.

2. Colocação dos montantes:
Os montantes devem possuir aproximadamente a altura do pé direito, com 10 mm a menos. Quando os montantes são duplos, eles devem ser solidarizados
entre si com parafusos (metal/metal) espaçados de no máximo 40 cm. Fixar os montantes de partida nas paredes laterais e nas guias. Os demais são colocados verticalmente nointerior das guias e posicionados a cada 40 cm ou 60 cm, dependendo do tipo de parede.
Em casos especiais, poderão ser empregados montantes encaixados entre si, formando um tubo telescópico.

3. Colocação das chapas de gesso:
As chapas de gesso devem possuir aproximadamente a altura do pé direito, com pelo menos 10 mm a menos. As aberturas para caixas elétricas e outras instalações podem ser feitas antes ou após a montagem, dependendo da seqüência executiva. Posicionar as chapas de encontro aos montantes, encostadas no teto, deixando a folga na parte inferior. As juntas em uma face da parede devem ser desencontradas em relação às da outra face.
No caso de paredes com chapas duplas, as juntas da segunda camada devem ser defasadas da primeira.
A junta entre as chapas deve ser feita sempre sobre um montante.
As chapas são parafusadas aos montantes, com espaçamento entre parafusos de 25 cm, no mínimo a 1 cm da borda da chapa (no caso de duas chapas, pode-se aumentar a distância entre parafusos da primeira camada de chapa para 75 cm, pois os parafusos empregados para a segunda camada também perpassam a primeira, fixando a chapa).
Quando os montantes são duplos, parafusar alternadamente sobre cada montante. Tomar cuidado no parafusamento, para que a cabeça do parafuso não perfure totalmente o cartão e para que não fique saliente em relação à face da chapa.
Após a colocação das chapas em uma das faces da parede, certificar-se do correto posicionamento e execução das instalações elétricas hidráulicas (inclusive com teste de estanqueidade), da eventual colocação de lã mineral, e da colocação de eventuais reforços para fixação de peças suspensas pesadas, antes da colocação das chapas na outra faceda parede. Os reforços devem ser previstos em projeto. As tubulações de cobre ou bronze deverão ser isoladas dos perfis metálicos para evitar corrosão, inclusive quando passarem nos furos existentes nos montantes. Os fios e cabos elétricos devem ser colocados em eletrodutos, principalmente quando passarem nos furos dos montantes.

4. Tratamento das juntas entre chapas de gesso:
É feito com uma primeira aplicação de MASSA PARA JUNTAS sobre a região da junta. Em seguida, colocar a FITA PARA JUNTAS DE PAPEL sobre o eixo da junta e pressionar firmemente de forma a eliminar o material excedente, por meio de uma espátula.
Com a desempenadeira metálica, dar acabamento à junta, de forma que a massa para juntas fique faceando as superfícies das chapas de gesso contíguas. Após a secagem, variável em função do tipo de massa, poderá ser dado o acabamento final na junta, com nova aplicação de fina camada de massa, por meio de desempenadeira metálica. Para paredes com mais de uma camada de chapas de gesso em uma mesma face, calafetar as juntas das camadas intermediárias com MASSA PARA JUNTAS e executar a junta completa com MASSA PARA JUNTAS e FITA PARA JUNTAS somente na camada externa. Cobrir também as cabeças dos parafusos com massa para juntas. O emassamento das cabeças dos parafusos é feito por ocasião do tratamento das juntas, com aplicação de massa no sentido vertical e horizontal.

5. Paredes em ambientes molháveis:
Para paredes em ambientes molháveis, como cozinhas, banheiros e áreas de serviço, devem ser empregadas chapas resistentes à umidade (RU). Além disso, devem ser previstos detalhes especiais de impermeabilização na base da parede e no encontro com o piso, de forma a não haver contato entre a chapa de gesso e a água. Os sistemas de impermeabilização devem ser flexíveis. Como revestimento das paredes devem ser empregadas placas cerâmicas ou pinturas impermeáveis, principalmente na região do box do banheiro e “barras impermeáveis” sobre pias, lavatórios e tanques,
apesar das características hidrófugas das chapas. Os pontos de utilização e passagem de tubos devem ser vedados com vedante flexível apropriado.

6. Revestimentos
As paredes, após o tratamento das juntas e dos cantos, podem receber o revestimento. No caso da colocação de placas cerâmicas, recomenda-se adotar duas camadas de chapas na parede ou escolher a distância entre montantes de 400 mm. O assentamento deve ser feito com argamassas colantes especiais, mais flexíveis que as usuais e com maior poder de aderência sobre o cartão (argamassas colantes tipo III). Texturas podem ser aplicadas diretamente sobre o cartão. No caso de pintura lisa, antes da aplicação do selador e da tinta, pode haver necessidade de aplicação de massa corrida ou massa acrílica, em função do acabamento final desejado.

7. Fixação de Cargas:
Podem ser fixadas peças suspensas nas paredes, diretamente às chapas de gesso, desde que sejam respeitados os limites de cargas recomendados pelos fabricantes dos sistemas de fixação e das chapas de gesso. O usuário deve certificar-se quanto aos tipos de buchas disponíveis no mercado e suas especificações devidamente comprovadas por ensaios. Observar sempre um coeficiente de segurança igual a 3, para as cargas de uso, ou seja, limitar a carga de uso, por ponto, a um terço do valor da carga limite para um determinado tipo de fixação e sistema de parede.
Observar, portanto, nos catálogos do fabricante, se constam as cargas limites ou de uso. Empregar sempre sistemas de fixação apropriados. Quando da fixação de peças mais pesadas, que suplantem os valores recomendados para fixação direta nas chapas, devem ser previstos reforços internos, como sarrafos ou placas de madeira com durabilidade natural elevada ou placas tratadas em autoclave ou reforços metálicos. Preferencialmente, tais pontos de fixação devem ser previstos em projeto, sendo o reforço já
executado quando da montagem das paredes. Caso haja necessidade da execução de um reforço com a parede pronta, pode-se proceder à remoção de um trecho da chapa de gesso para a execução do reforço; a recolocação da chapa de gesso e sua fixação deve ser feita sobre o montante, a não ser que seja de pequena dimensão.

8. Durabilidade
As paredes internas resistem a impactos normais de uso, não devendo ser submetidas, todavia, a choques mecânicos anormais, que poderão introduzir avarias nas mesmas. Da mesma forma, não devem ser submetidas à ação anormal de objetos pontiagudos, os quais poderão perfurar ou riscar as paredes. A despeito disso, as paredes poderão ser reparadas, empregando-se fitas microperfuradas, trechos de chapa de gesso e massa para rejuntamento. Em reparos com substituição parcial da chapa de gesso,
deve ser empregada fita microperfurada sob massa para juntas, na interface das chapas ou trechos de chapas. Quanto às paredes de áreas molháveis,
devem ser prontamente reparados eventuais vazamentos de água nas instalações, descolamentosou falhas em revestimentos, falhas no piso e falhas na impermeabilização, de forma a não permitir o contato prolongado da água com a chapa de gesso.

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